reconheceu a música? *
E vamos de clichê musical!
Mas olha, o que eu queria fazer era uma retrospectiva de 2022. Mas uma que me trouxesse algo bom para recordar, porque esse ano, viu ... tive tempos muito difíceis (nessa hora você balança a cabeça pensando, e não tivemos todos?)
Como diria o velho Wharol,
"Isn't life a series of a images that change as they repeat themselves?"*
E foi bem desse jeito. Em 2022, a vida me mostrou as mesmas imagens até eu conseguir olhá-las de uma forma nova.
Esse foi um ano de ver, rever, até olhar de fato, com alma.
![](https://static.wixstatic.com/media/350544_8cc52a260b3343529ea4f8ad13289854~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_564,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/350544_8cc52a260b3343529ea4f8ad13289854~mv2.jpg)
Não foi pouco não, foi um ano de muita dificuldade. Mas para que serve um fim se não for para recomeços, não é mesmo?
Deixando de lado esse olhar de ciclope que só consegue olhar seu próprio tempo, eu pude perceber, teve coisa boa sim. E agradeci.
Você sabe, não é? Fomos programados (e aqui falo metaforicamente) para lembrar e dar mais atenção ao que nos é perigoso, isso é um formato de sobrevivência construído quando estávamos nos formando como espécie.
Por isso a gratidão é um processo fundamental para construir caminhos para seguir em frente. Temos facilidade de lembrar dos problemas e precisamos nos esforçar para lembrar das coisas boas. Mas é fato que se você se acomoda e lembra somente dos problemas vai esquecendo de cada momento bom. Tendo em mente que sua realidade é onde mora sua atenção, se você só vê problemas, como será seu mundo?
Mas eu não acomodei, fiz um esforço para lembrar e listar as coisas boas do ano que passou.
Vou dividir contigo, porque coisa boa, a gente divide.
O ano começou com o lançamento de um livro que foi um grande desafio para mim: Ilustrar e fazer o projeto gráfico de Carolayne, Carolina foi a compreensão de um espaço que não tinha ocupado ainda: a ilustração de livros infantis.
Bem pertinho do meu aniversário, eu resolvi ajudar uma amiga numa rifa para seu grupo se apresentar em Rio das Ostras, mesmo estando muito dura. E não é que eu ganhei uma estadia, levei a amiga e terapeuta ayurveda Suzane Narras e ainda conseguimos passar uma tarde com a querida Raquel Dimar. Você precisa ouvir o álbum dela, que lindeza!
Lembro aqui da minha amiga Ivana, que sempre diz: "não há ninguém tão pobre que não possa dar, nem tão rico que não possa receber"
Viajei para São Paulo com a Sociedade Br de Colagem (SBC), em maio e participamos com oficina, debate e exposição na Semana Gernika.
Em maio mesmo teve o World Collage Day, o dia internacional da colagem, onde conseguimos reunir vários colagistas que eram/estavam no Rio. E ainda em maio (mês cheio não foi?) eu lancei o Ateliê de improvisação Jazz Collage, dentro do Collage Palooza e que acabou se tornando um Ateliê permanente em parceira com a SBC.
Teve projetos interessantes também, as publicações : Fundamentos de UX e Guia Coma Melhor e Viva Bem, da APBASS . O primeiro um livro super completo sobre UX escrito por Guilhermo Reis, editado por Helio Eduardo Lopes. Fiz o projeto gráfico e quase todas as ilustrações, incluindo aí a "capa épica". Já o segundo é um Guia online e gratuito produzido pela ABPASS e editado com muito esmero pela Bianca Iuliano.
Ainda teve uma segunda viagem a São Paulo junto com a SBC, fizemos uma exposição e oficina em parceria com a Lateral Galeria.
E em setembro teve um projeto incrível, daqueles que você nem acredita que está acontecendo de tão legal que foi: A oficina Diálogos Femininos, sobre mente, coração e o desejo de seguir em frente um trabalho feito junto ao Departamento Nacional do Sesc, no projeto Pautas Sociais. Além da oficina, o projeto contemplava o desenvolvimento de uma colagem baseada nas interações da oficina. Foi tão incrível para mim, que quis homenagear as mulheres que participaram, mesmo com suas lutas, fizeram esforço de estar ali, atentas e abertas ao conhecimento. Eu fiquei muito feliz com o resultado, olha aqui:
![](https://static.wixstatic.com/media/350544_dee172dc3b9d4d22a72ea376f7486dbc~mv2.png/v1/fill/w_500,h_700,al_c,q_85,enc_auto/350544_dee172dc3b9d4d22a72ea376f7486dbc~mv2.png)
E por fim
O ano findou com a certeza da ansiedade como companheira, da medicação quando a terapia somente não era suficiente. Aprendi a frequentar grupos de apoio, ganhei uma religião e elaborei caminhos para minha arte.
Consegui chegar ao fim do texto e não te contar as minhas pendengas. E sabe, eu passei o ano inteiro somente falando delas. Estavam difíceis, estavam. Mas quando eu só tenho olhos para mim, para meus problemas, eu não deixo espaço para a vida acontecer. E também não deixo espaço para respirar, para parar.
Esse foi o ano que tive que parar. É isso gente, o mundo não vai parar para pararmos. Talvez nos caiba entender qual o nosso tempo de pausa.
E da mesma forma, na volta, retomar o mundo que queremos, que desejamos.
Por isso que eu decidi que para este ano,
eu quero este lado (o meu, o seu, de tantas pessoas) pra cima!
E o ano tá começando e vem cheio de novidades. Corre aqui para ver uma delas.
Tá convidada, pessoa querida, bora junto?
Este lado para cima, sempre!
Se inscreve aqui na newsletter e vem comigo que esse ano vai ter muita coisa: cursos e vivências novas, um curso especial para mulheres e vai ter muita arte e muita colagem sim.
* tradução livre: O que é a vida senão uma série de imagens que mudam de tanto se repetirem
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