Em uma frase: O que fazemos é ajudar pessoas a reencontrar sua criatividade, redesenhando suas narrativas afetivas e pessoais a partir da neurociência e da arte.
E como ? Apresento uma curadoria de conhecimentos para ajudar estas pessoas a atravessar suas transformações.
E será que somente isso basta para explicar o que é a Mentoria? Se eu te contar a história de como tudo aconteceu, será que fica melhor?
Para chegar nessa definição eu comecei percebendo, durante minhas oficinas de colagem, que poderia apresentar às pessoas, conceitos diferentes do que elas estavam acostumadas a ver e com isso trazer novos olhares, tocando em espaços subjetivos que muitas vezes estavam adormecidos.
Ali aprendi o que era ser uma facilitadora (e não necessariamente professora) no sentido de conduzir caminhos, dando espaço para o desenvolvimento pessoal de cada participante. Também coloquei em prática tudo que vinha lendo no livro O poder do Hábito, de Charles Duhigg, sobre um pequeno hábito ser capaz de abrir espaço para alteração de grandes hábitos.
Em 2019, comecei uma pós-graduação em Neurociência e Comportamento, pela PUCRS*, onde aprendi muito sobre conceitos como life-long learning, desenvolvimento cognitivo (o que ajuda, o que atrapalha), relação (real) entre o que pensamos e o que nosso corpo devolve como resposta, a importância do sono e do descanso, o quanto somos seres sociais e como isso afeta nossas decisões. E principalmente, como a meditação (muitíssimo estudada pela ciência) é um caminho altamente indicado para minimizar as falas, crenças e formas de pensar com as quais nos acostumamos, mesmo que não nos façam bem.
Associando a isso, leituras, muitas leituras. A grande maioria indicada pelos professores da pós, outras resultados de pesquisas minhas e outras indicações que ia recebendo.
Tinha Martin Selligman, Marcelo Gleiser, Clarissa Pinkolas Éstés, Mathew Lieberman, Leonard Mlodinow, Daniel Goleman, Yuval Harari, Bill Burnet e Dave Evans, Christian Leborg, Brené Brown, Sri Prem Baba, Christine Carter, Roman Krznaric, Camile Paglia, Paul Zack, Daniel Kahnemann, Kristin Neff, Facundo Manes, Amit Groswani, Tom Kelley e David Kelley, Julia Cameron, Stephen Nachmanovitch, Amanda Palmer, Mario Sergio Cortella e muitos outros.
Era muita informação, e eu precisava dividir com as pessoas tudo isso que eu estava aprendendo.
Era muita informação, e eu precisava dividir com as pessoas tudo isso que eu estava aprendendo. Comecei, claro, pelos meus pares, artistas.
Montei uma turma zero com amigos que foram alunos das turmas de colagens (PV, Alê Portilho, Thais Aguilera), meu afilhado (Gui Lima) e sem conhecer pessoalmente mas já admirando, um colagista incrível (Renato Andrade). E vamos nós desenvolver um MPV (mínimo produto viável) ou um protótipo.
Com o que eu tinha na mão, comecei a escrever tudo o que gostaria de dizer.
Primeiro eu precisava contar que: de tudo que estava aprendendo, o mais importante que percebia era que o autoconhecimento é a base de tudo!
Cabe um parêntes aqui: foi estudando sobre educação financeira com Eduardo Amuri que tive esse estalo.
Então o começo deveria ser falar sobre: aprendendo quem sou, o que me interessa e principalmente o que não me interessa, eu consigo definir caminhos e objetivos mais próximos daquilo que me apetece. Mas, se não sei para onde ir, como diria o Coelho, no livro Alice no País das Maravilhas, “qualquer caminho serve”.
Este então é o primeiro módulo: “quem sou eu na fila do pão?”
Ou autoconhecimento como a base de tudo que precisamos fazer na vida. A gente fala também sobre porque estamos sempre duvidando da nossa capacidade. Qual a contribuição do cérebro na manutenção de hábitos que não nos favorecem e ferramentas para observar estas coisas e criar enfrentamentos.
E nos perguntamos, o que estamos colocando pra dentro?
A nossa professora convidada a terapeuta Ayurveda Suzane Nahas, nos apresenta na primeira aula extra, o ayurveda e o quanto o quê e como comemos nos afeta profundamente.
autoconhecimento como a base de tudo que precisamos fazer na vida
Depois, fiquei pensando muito sobre como nos desenvolvemos como espécie (principalmente nosso cérebro) por conta das estratégias de convivência social adotadas. Imaginei o quanto seria importante falar sobre empatia, cérebro social, comportamento de grupo e a possibilidade de compreender o mundo a partir de visões diferentes das nossas.
Este é o segundo módulo: “eu e o outro, tem diferença?”
Aqui, falamos sobre os diversos tipos de empatia e como ela afeta nossas construções e processos criativos, vínculos humanos e o impacto disso na nossa saúde e longevidade, esquemas mentais, dor social e tipos de criatividade. E é aqui que cada aluno recebe sua provocação gráfica** (o nosso projeto final).
Neste módulo também apresentamos um dos conceitos mais importantes dessa jornada: autocompaixão e como esta pode ser uma alavanca poderosíssima na nossa vida.
apresentamos um dos conceitos mais importantes dessa jornada: autocompaixão e como esta pode ser uma alavanca poderosíssima na nossa vida.
Bom, desde o começo falamos sobre narrativas, certo? Então para fechar nossa jornada, era preciso falar sobre caminhos e desenvolvimento de narrativas.
Compreendo minha trajetória (lembra falamos da importância do autoconhecimento?) e sabendo que não sou das letras, mas das imagens, pensei neste módulo a partir de um livro que explicava gramática visual.
O que? Pois é.
Para aprender uma língua, você precisa compreender como ela é, sua gramática. Para construir subjetividades é preciso aprender a olhar e a desenvolver olhares. A forma como sei fazer isso é através das imagens.
E assim chegamos ao terceiro módulo: “qual a história que eu vou contar?”
Aqui falamos de gramática visual, sobre processos criativos, sobre formas de olhar, e o quanto a linguagem afeta nossa forma de pensar.
É neste módulo que temos a segunda aula extra: uma deliciosa aula sobre narrativa com o contador de histórias e palhaço Flavio Souza.
Dançamos com a Beyoncé no filme inspirado em The Lion King, para perceber a importância da linguagem e do direito a ela na forma de nos compreendermos no mundo. Aprendemos sobre conceitos como: princípio flexível da realidade linguística e revolução cognitiva e realidade imaginada, estes dois últimos a partir da visão de Yuval Harari. E como eles nos guiam na percepção da linguagem, a forma como nos afeta e como podemos afetar através dela.
E por fim falamos de linguagem neutra, códigos, distribuição visual, estrutura e metáforas. O fechamento é a apresentação do trabalho, a provocação gráfica, distribuído no módulo 2.
a importância da linguagem e do direito a ela na forma de nos compreendermos no mundo.
Com toda essa bibliografia (apresentei quase toda a bibliografia da jornada no início do artigo), todo esse conteúdo (sim, ele está todinho aqui) você poderia pensar que já dá para fazer uma mentoria em casa, solo, no estilo me-myself-and I.
Te respondo: não. Sabe porque?
O mais bacana dessa mentoria, não foi traçado no meu caderninho, ele vem acontecendo espontaneamente ao longo das cinco turmas que já aconteceram: o encontro entre as pessoas. Tem sido comum a rica troca de saberes e vivências durante as aulas.
E o acolhimento a todes, tem sido outro ponto fundamental. Te contei, na MENTORIA PARA NOVOS ARTISTA E DESENVOLVEDORES CRIATIVOS, temos um lema:
Aqui ninguém é obrigado a nada!
É tudo isso, é só isso tudo.
Agradeço sua companhia até o final deste texto, de presente te dou links diversos (assim como fazemos ao final de cada aula) que estão espalhados pelo texto e deixo um convite: Venha participar, sem custo, da aula inaugural da nova turma da Mentoria para novos artistas e desenvolvedores criativos.
* Onde tive aulas com Carla Tieppo, Daniel Golemann, Facundo Manes, Suzana Herculano, Matthew Lieberman, Leandro Karnal, entre outros.
** venha para nossa aula aberta (julho) e descubra como isso acontece.
Temos uma lista de espera para a próxima turma que inicia em 2023.
Se você tem interesse, saiba que teremos uma aula gratuita antes do início da turma. Clica aqui no botão e coloca seu nome na lista, avisaremos quando fecharmos datas.
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