Vou me movendo no espaço tempo. 
Meu deslocamento é interno. Vou buscando sobrepor os espaços de medo e culpa atrelados à maternidade de quem precisa da arte para viver.
A colagem me proporciona criar mundos, unindo esse espaços e criando novos territórios.
Numa manhã depois da ceia de natal, nasce nas páginas de um dos diários visuais a série de mapas (re)criados. Começo chamando essa série de “me (re) encontro”, de tão perdida que estava e ainda a tentar me encontrar. 
Um sonho me mostrou um desenho sobre o mapa e me riscou o ponto, risquei de volta.
A proposta dessa série é criar pontos e traçados em cima dos territórios para demarcar os espaços encantados de existência. Espaços que reinvindico para que minha alma possa existir.
São originais-múltiplos efêmeros, porque os mapas são reproduções de colagens feitas nos diários visuais e os desenhos são originais inventados diretamente ao toque do pincel na folha. ​